Pandemia faz crescer a busca por equipamentos para pedalar em casa
Venda
de rolos de treinos cresceu 435% em 2020 e, no início deste ano, o
índice já dobrou, segundo marketplace de produtos esportivos Semexe
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Igor
Amorelli realiza treinamento indoor com auxílio de um suporte para
bicicleta (Crédito: Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool)
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Em
meio à fase atual do País, os brasileiros buscam na prática esportiva
um aliado para manter o equilíbrio entre corpo e mente. Com as
restrições de acesso aos parques e academias, há um movimento ascendente
para atividades funcionais em casa e até de busca e compra por
aparelhos que podem auxiliar o amante dos esportes.
Nos
últimos sete dias, a procura por ‘suporte para bicicleta’ e termos
associados com a ‘bike para pedalar sem sair do lugar’ tiveram aumento
de até 500%, segundo Google Trends. No que tange à bicicleta
ergométrica, no mesmo período, alguns modelos deste equipamento tiveram
ascensão superior a 100% em relação às pesquisas.
E
essa busca pelos aparelhos não fica apenas no desejo. Ela se reflete
também nas vendas dos produtos. “Por conta da pandemia, os brasileiros
tiveram de se adaptar em vários aspectos do dia a dia. E a relação com
as atividades físicas não foge disso. Percebemos que há uma procura
muito grande por itens para treinar em casa, principalmente, suportes
para bicicleta e bikes ergométricas. Em 2021, já tivemos aumento de 300%
no aluguel de spinning se compararmos com os meses anteriores. E até
alguns modelos de rolos para bicicletas esgotaram rapidamente. Esses
tipos de equipamentos ajudam a evitar a exposição ao vírus e são
excelentes alternativas, pois, envolvem dezenas de músculos e partes do
corpo”, afirma Rafael Papa, um dos fundadores da Semexe.
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Como
forma de incentivar seu pedal em casa, ciclistas amadores e até
profissionais começaram a fazer aulas online e utilizar aplicativos,
como o Zwift, para treinar ou disputar competições online. Igor
Amorelli, principal triatleta brasileiro, e Kate Courtney, ciclista
americana campeã mundial, são alguns exemplos de esportistas que
incluíram tal tecnologia no dia a dia.
“Eu
já tinha o hábito de treinar rolo no Zwift e trocar algumas ideias
sobre treinamento com outros atletas. Neste período foi bom, pois nos
manteve mais ativos. Ele torna o treino bem mais real e não deixa a
atividade ficar chata, já que simula treinos na rua e é bem parecido com
a realidade”, explica Amorelli.
Essa
mudança no comportamento dos brasileiros com relação às bicicletas se
reflete em uma pesquisa realizada pela Semexe, com relação aos hábitos
dos praticantes de atividades físicas no País. Enquanto futebol, vôlei e
musculação, por exemplo, tiveram quedas expressivas em suas práticas, a
bicicleta surgiu como meio de transporte e forma de se exercitar, com
segurança, durante a pandemia. À época, 89% dos respondentes afirmaram
que pedalar é importante pra saúde mental e 72% dos entrevistados
pretendem incorporar mais vezes a ‘magrela’ como atividade de lazer na
rotina mesmo após ser vacinado.
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