quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Triatleta carioca disputa o Mundial do Ultraman, no Havaí, prova de 515 km em três dias

Edson Maisonnette Junior terá pela frente 10 km de natação, 421 de ciclismo e 84 de duas maratonas. Evento será disputado por 28 competidores de 11 países entre esta sexta-feira (29) e domingo (1º/12)
Em dois dias, 421 quilômetros de ciclismo pela frente (Divulgação)
 Nadar em mar aberto, pedalar e correr em uma das provas mais difíceis do mundo, superando 515 quilômetros de muitos desafios. O Ultraman World Championships será realizado a partir desta sexta-feira (29) e até domingo (1º/12), no Havaí (EUA). O carioca Edson Maisonnette Junior, 40 anos, fará sua estreia na disputa, vivendo a expectativa de participar do primeiro Mundial, sua terceira prova na distância Ultraman.


O Ultraman, disputado anualmente desde 1983, terá nesta edição 2019 a presença de 28 atletas, representando 11 países – Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Honduras e Índia. Edson chegou no início desta semana ao Havaí, fase final de preparação para a prova.

“É difícil falar em rendimento e tempo em um lugar tão surpreendente como o Havaí. Aqui as condições são a grande surpresa da prova. Podemos pegar desde chuva e muito vento contra como um sol de rachar. Então a ideia é sempre fazer o melhor possível, principalmente em uma disputa de três dias, onde um erro no primeiro ou no segundo dia pode custar todo o trabalho de meses”, explica Edson.

“Será minha terceira prova na distância Ultraman, mas a primeira vez no Mundial. Espero que a primeira de muitas. Já estou apaixonado por esse lugar. A energia é fantástica aqui em Kona e parece que a gente se sente abraçado pela Big Island”, afirma o triatleta.

O Brasil estará representando por Edson e por Alessandro Medeiros, 49 anos. “O Ale mora nos Estados Unidos há alguns anos e é um grande amigo. Foi o capitão do meu time no Ultraman Florida este ano”, observa.

Três dias de desafios - No primeiro dia serão 10 quilômetros de natação em mar aberto, seguido de 145 quilômetros de ciclismo. O segundo será totalmente das bikes, com mais 276 quilômetros pedalando. O Ultraman termina no domingo, terceiro dia de disputas, com a dupla maratona: 84 quilômetros.  Um evento que explora ao extremo tanto a parte física como mental do atleta, um desafio de resistência.

“Para mim, mais do que um desafio, é uma benção. Estar três dias vivendo intensamente o esporte que amo e sendo cuidado de perto por um staff com pessoas especiais. Espero que a alegria e leveza que me fazem ser completamente apaixonado pelo triatlo estejam sempre presentes nesses dias mágicos, mesmo sabendo que tem horas que o corpo sofre um pouquinho”, garante.

“Minha preparação foi atípica por diversos fatores pessoais como mudança de cidade, troca de equipe, alterando um pouco a metodologia de treino. Sem falar na perda da minha mãe. Todos estes fatores de alguma forma influenciam na preparação, mas acabam nos tornando um pouco mais fortes e com muito mais vontade de cruzar a linha de chegada”, completa Edson.

Resultados de destaque – Edson está há mais de 10 anos participando das principais provas do calendário nacional e internacional, percorrendo todas as distâncias. Em 2019, terminou na 11ª colocação geral no Ultraman Flórida (EUA) e garantiu qualificação para o Mundial, fazendo a quarta melhor dupla maratona do dia. Em 2018, nove meses depois de passar por uma cirurgia no tendão de Aquiles, disputou a prova de Triathlon Extremo na Patagônia chilena – 3,8 km de natação em águas frias (10 graus), 180 km de ciclismo pela Carretera Austral e 42,2 km em trilhas, ficando na 30ª colocação no geral. Em 2017, foi quinto colocado no Campeonato Ultraman Brasil (UB515). Em 2015, recebeu o Ironman Warrior, título concedido pela Latin Sports aos únicos sete atletas que correram todas as etapas brasileiras da marca Ironman.

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