quarta-feira, 13 de março de 2013

ENTREVISTA COM HUGO PRADO NETO. NOVO DIRETOR TÉCNICO DA FMC

1 – Para você, o que representa a vitória da Chapa Renovação?
Para mim e para todos, a vitória representa exatamente o nome da chapa, RENOVAÇÃO! É isso que temos como foco principal na gestão da FMC enquanto estivermos dirigido a mesma.
Significa também a vitória de pessoas honestas, e de pessoas, como eu por exemplo, que já tem projetos
profissionais realizados e definidos e isso significa que viemos para fazer diferença no ciclismo mineiro e consequentemente nacional acima de qualquer outra ambição pessoal de cada um dos envolvidos.


2 – Quais as mudanças que você gostaria de ver acontecer para valorizar o ciclismo em Minas Gerais?
Eu sou apenas o Diretor Técnico e terei tempo limitado para ter uma função ativa como a do novo presidente da FMC. As mudanças são várias mas acho que partindo do princípio de seguir os princípios básicos de honestidade, trabalho duro, profissionalismo e dedicação. As várias mudanças que devem
acontecer, e são muitas, irão florescer à partir dessa semente do bem que estaremos plantando.

O presidente, Paulo Aquino pode responder com mais detalhas as mudanças que temos que fazer,
mas no final a gente planta o que colhe e essa semente da RENOVAÇÃO que vamos plantar é do
BEM,isso me deixa tranquilo quanto ao sucesso do resultado final.

2 – Com o trabalho desenvolvido na OCE, você é responsável pelo treinamento
de muitos atletas, sendo assim, responsável pelo desenvolvimento do ciclismo
em Minas e no Brasil. Como será o seu trabalho como Diretor Técnico da FMC?

Eu vim principalmente para agregar, eu pus o meu nome na linha de frente de batalha e confiei no restante dos envolvidos na chapa e confiei também e uma possível vitória da chapa.
Meu foco principal continua sendo os projetos profissionais que já tenho e ainda não tenho definido
o que o meu “título”de diretor técnico vai envolver, mas tenho certeza que poderei ajudar em muito
o desenvolvimento técnico dos esportes de bike em Minas e consequentemente no Brasil.

Minas é um celeiro de campeões, na minha opinião por 2 motivos, somos um estado muito grande, então temos um número grande para podermos realizar competições, criarmos campeões e desenvolvermos o ciclismo(isto
inclui BMX, MTB, CICLO TURISMO, PISTA e Estrada). Com isso nosso impacto em âmbito nacional fica ainda mais evidente e importante para o ciclismo brasileiro.

Isso gera uma reação em cadeia, mais atletas, mais competições, mais visibilidade a esses esportes, mais consciência da comunicação em relação à bicicleta como esporte e meio de transporte e todos no fim saem
ganhando.

A outra peculiaridade de Minas são os variados relevos/terrenos que temos dentro do estado incluindo até altitude. Temos trilhas intermináveis para o MTB, planos para ciclismo e pista, temos velódromo.
Essa diversidade, que é parecida com o estado do Colorado nos EUA, aonde a maioria dos melhores atletas e triatletas do mundo vivem para treinar, nos renderam muitos frutos com atletas mineiros, ou que moram em Minas, que se destacaram nacional e mundialmente.
Se levarmos em consideração que não houve uma gestão que trabalhou para isso durante o sucesso desses atletas, agora isso pode ser tornar algo com um escopo ainda maior.
3 – Fale um pouco do Paulo Aquino, presidente eleito da FMC.

Eu não convivo muito com o Paulo Aquino, mas o pouco que convivi, a cada dia que trocávamos mais feedbacks, vi que, por meio de suas qualidades, ele se encaixa perfeitamente no cargo de presidente de uma instituição.
Ele não é apenas um amante de bike, ele é instruído e o mérito da vitória dessa chapa, que diga-se de passagem, parecia impossível, é dele.
Aliás alguns dias antes da eleição ele estava superpreocupado e eu mencionei para ele:
“Paulo, você já venceu, perdendo ou ganhando a eleição, você já venceu por tudo que fez para alcançar o seu objetivo e principalmente pela maneira ética que correu atrás do mesmo”.

Agora que ganhamos, vejo que a postura dele não mudou, apenas se intensificou com a vitória.
4 – Muitos atletas cobram a existência de um ranking mais sério em Minas. Como Diretor Técnico, você acha isso importante?
MUITO importante. É muito importante todas as federações terem um ranking sério.
Muito do meu sucesso profissional vem de experiências de anos competindo, estudando e trabalhando especificamente com bike no exterior, em especial USA. Lá essa abordagem de ranking vem
desde a HIGH SCHOOL(escola primária).

Um ranking estadual vai elevar o nível dos atletas, promover essas competições estaduais, o que nos leva
novamente ao efeito de reação em cadeia aonde todos se beneficiariam: atletas,organizadores, cidades sedes das competições estaduais, turismo, patrocinadores, lojas de bike e a comunidade em geral.

Vamos ser claros, quanto mais esporte melhor a nossa sociedade fica em qualquer aspecto.
5 – Como técnico, qual o potencial que você vê nos atletas mineiros e como a FMC pode trabalhar para elevar o nível do esporte em Minas.
Vejo um potencial enorme, sempre vi na verdade, só que agora com alguns ajustes e pessoas realmente sérias, podemos com nossas próprias mãos realizar as mudanças, sugestões e ações que nos levem a transformar o potencial em pura realidade.
O que eu gostaria de conseguir realizar de alguma forma com a FMC no meu título de diretor técnico seria desenvolver escolas de base de bike para meninos carentes e desenvolver desde cedo o esporte nessas crianças, porque só assim a gente consegue construir campeões para vida de verdade.
É como tudo na vida, o trabalho de qualquer coisa, treinos por exemplo, começa com uma BASE bem sólida.
Um outro aspecto importante que a FMC pode fazer é conseguirmos de alguma forma ter mais
espaços, principalmente nas estradas pavimentadas para treinar.

Precisamos de realizar ações junto com o Governo do Estado para termos mais ciclovias
para os atletas treinarem e para pessoas se locomoverem de bicicleta.

Precisamos de uma conscientização maior dos motoristas no geral sobre como se portar e ajudar a proteger o ciclista e conviver com o mesmo nas estradas e ruas. 

Fonte: OCE