1 – Para você, o que representa a vitória da Chapa Renovação?
Para mim e para todos, a vitória representa exatamente o nome da
chapa, RENOVAÇÃO! É isso que temos como foco principal na gestão da FMC
enquanto estivermos dirigido a mesma.
Significa também a vitória de pessoas honestas, e de pessoas, como eu por exemplo, que já tem projetos
profissionais realizados e definidos e isso significa que viemos para
fazer diferença no ciclismo mineiro e consequentemente nacional acima de
qualquer outra ambição pessoal de cada um dos envolvidos.
2 – Quais as mudanças que você gostaria de ver acontecer para valorizar o ciclismo em Minas Gerais?
Eu sou apenas o Diretor Técnico e terei tempo limitado para ter uma
função ativa como a do novo presidente da FMC. As mudanças são várias
mas acho que partindo do princípio de seguir os princípios básicos de
honestidade, trabalho duro, profissionalismo e dedicação. As várias
mudanças que devem
acontecer, e são muitas, irão florescer à partir dessa semente do bem que estaremos plantando.
O presidente, Paulo Aquino pode responder com mais detalhas as mudanças que temos que fazer,
mas no final a gente planta o que colhe e essa semente da RENOVAÇÃO que vamos plantar é do
BEM,isso me deixa tranquilo quanto ao sucesso do resultado final.
2 – Com o trabalho desenvolvido na OCE, você é responsável pelo treinamento
de muitos atletas, sendo assim, responsável pelo desenvolvimento do ciclismo
em Minas e no Brasil. Como será o seu trabalho como Diretor Técnico da FMC?
Eu vim principalmente para agregar, eu pus o meu nome na linha de
frente de batalha e confiei no restante dos envolvidos na chapa e
confiei também e uma possível vitória da chapa.
Meu foco principal continua sendo os projetos profissionais que já tenho e ainda não tenho definido
o que o meu “título”de diretor técnico vai envolver, mas tenho certeza que poderei ajudar em muito
o desenvolvimento técnico dos esportes de bike em Minas e consequentemente no Brasil.
Minas é um celeiro de campeões, na minha opinião por 2 motivos, somos
um estado muito grande, então temos um número grande para podermos
realizar competições, criarmos campeões e desenvolvermos o ciclismo(isto
inclui BMX, MTB, CICLO TURISMO, PISTA e Estrada). Com isso nosso impacto
em âmbito nacional fica ainda mais evidente e importante para o
ciclismo brasileiro.
Isso gera uma reação em cadeia, mais atletas, mais competições, mais
visibilidade a esses esportes, mais consciência da comunicação em
relação à bicicleta como esporte e meio de transporte e todos no fim
saem
ganhando.
A outra peculiaridade de Minas são os variados relevos/terrenos que
temos dentro do estado incluindo até altitude. Temos trilhas
intermináveis para o MTB, planos para ciclismo e pista, temos velódromo.
Essa diversidade, que é parecida com o estado do Colorado nos EUA,
aonde a maioria dos melhores atletas e triatletas do mundo vivem para
treinar, nos renderam muitos frutos com atletas mineiros, ou que moram
em Minas, que se destacaram nacional e mundialmente.
Se levarmos em consideração que não houve uma gestão que trabalhou
para isso durante o sucesso desses atletas, agora isso pode ser tornar
algo com um escopo ainda maior.
3 – Fale um pouco do Paulo Aquino, presidente eleito da FMC.
Eu não convivo muito com o Paulo Aquino, mas o pouco que convivi, a
cada dia que trocávamos mais feedbacks, vi que, por meio de suas
qualidades, ele se encaixa perfeitamente no cargo de presidente de uma
instituição.
Ele não é apenas um amante de bike, ele é instruído e o mérito da
vitória dessa chapa, que diga-se de passagem, parecia impossível, é
dele.
Aliás alguns dias antes da eleição ele estava superpreocupado e eu mencionei para ele:
“Paulo, você já venceu, perdendo ou ganhando a eleição, você já venceu
por tudo que fez para alcançar o seu objetivo e principalmente pela
maneira ética que correu atrás do mesmo”.
Agora que ganhamos, vejo que a postura dele não mudou, apenas se intensificou com a vitória.
4 – Muitos atletas cobram a existência de um ranking mais sério em Minas. Como Diretor Técnico, você acha isso importante?
MUITO importante. É muito importante todas as federações terem um ranking sério.
Muito do meu sucesso profissional vem de experiências de anos
competindo, estudando e trabalhando especificamente com bike no
exterior, em especial USA. Lá essa abordagem de ranking vem
desde a HIGH SCHOOL(escola primária).
Um ranking estadual vai elevar o nível dos atletas, promover essas competições estaduais, o que nos leva
novamente ao efeito de reação em cadeia aonde todos se beneficiariam:
atletas,organizadores, cidades sedes das competições estaduais, turismo,
patrocinadores, lojas de bike e a comunidade em geral.
Vamos ser claros, quanto mais esporte melhor a nossa sociedade fica em qualquer aspecto.
5 – Como técnico, qual o potencial que você vê nos atletas
mineiros e como a FMC pode trabalhar para elevar o nível do esporte em
Minas.
Vejo um potencial enorme, sempre vi na verdade, só que agora com
alguns ajustes e pessoas realmente sérias, podemos com nossas próprias
mãos realizar as mudanças, sugestões e ações que nos levem a transformar
o potencial em pura realidade.
O que eu gostaria de conseguir realizar de alguma forma com a FMC no
meu título de diretor técnico seria desenvolver escolas de base de bike
para meninos carentes e desenvolver desde cedo o esporte nessas
crianças, porque só assim a gente consegue construir campeões para vida
de verdade.
É como tudo na vida, o trabalho de qualquer coisa, treinos por exemplo, começa com uma BASE bem sólida.
Um outro aspecto importante que a FMC pode fazer é conseguirmos de alguma forma ter mais
espaços, principalmente nas estradas pavimentadas para treinar.
Precisamos de realizar ações junto com o Governo do Estado para termos mais ciclovias
para os atletas treinarem e para pessoas se locomoverem de bicicleta.
Precisamos de uma conscientização maior dos motoristas no geral sobre
como se portar e ajudar a proteger o ciclista e conviver com o mesmo
nas estradas e ruas.
Fonte: OCE