A decisão do banco é uma consequência direta do relatório da Agência Americana Antidoping (Usada), do qual consta que o vencedor do Tour de France, por sete vezes, Lance Armstrong, enganou sistematicamente as autoridades, utilizando um programa de doping para ele próprio e os membros de sua equipe.
O relatório também trouxe à tona que ex-ciclistas da equipe do Rabobank tiveram contato com o mesmo médico italiano que estruturou o plano de doping de Armstrong.
“Não temos mais confiança de que o mundo do ciclismo profissional possa converter-se em um esporte limpo e honesto”, declarou Bert Bruggink, que faz parte do conselho diretivo do Rabobank.
A equipe, composta por 27 ciclistas profissionais e que contou com o tricampeão mundial espanhol Oscar Freire e com a campeã holandesa e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, Marianne Vos, deixará de existir. Mas, o maior patrocinador do ciclismo holandês, com a quantia anual de 15 milhões de euros, continuará financiando o ciclismo amador e juvenil, incluindo a escuderia de ciclocross. “Dói na alma, mas para o banco é uma decisão inevitável”, afirmou Bruggink, acrescentando que “é lamentável não apenas para o Rabobank, mas também para os ciclistas que não têm nenhuma culpa e para todos os fãs deste esporte”.
Giant
É provável que o fabricante de bicicletas Giant assuma o patrocínio da equipe de ciclismo do Rabobank, segundo afirmação feita pelo diretor de marketing da empresa, Tom Davies, ao canal de televisão comercial holandês RTLZ.
“Estamos avaliando a possibilidade de ser o principal patrocinador da equipe do Rabobank”, disse Davies, apesar de não ter descartado outras opções, como “apoiar a equipe com material ou copatrocinar com outro sócio”.
Há anos, a Giant é o patrocinador oficial das bicicletas da equipe do Rabobank. A marca Giant tem sedes em Taiwan e China, além de produzir bicicletas também na Holanda, em sua fábrica na cidade de Lelystad.
Sandro Siqueira
