sábado, 8 de setembro de 2012

A CBC e a arte de ridicularizar atletas e menosprezar a gestão pública

Editorial do Jornal PODIUM

O esmero da Confederação Brasileira de Ciclismo em ridicularizar a modalidade chegou ao limite! Nos últimos três anos, o ciclismo nacional só consegue as manchetes de jornais e sites através de reportagens negativas e vexatórias.
Vamos destacar alguns:
22/08/2009 MTB FEMININO DO BRASIL NÃO TEM APOIO DA CBC, diz Érika Gramiscelli.
06/05/2011 Escândalo atinge ciclismo brasileiro
01/06/2011 Ciclista pega no doping recebia benefício irregular do governo desde 2009
21/10/2011 Com medo de saltar, brasileira do BMX recebe orientação por e-mail
01/03/2012 CBC corta o Mountain Biking feminino das Olimpíadas de 2012
16/03/2012 Stopa se revolta com decisão da CBC
25/03/2012 Negócio em família - Tribunal de Contas da União investiga as relações comerciais da Confederação Brasileira, com sede em Londrina. Negócios envolvem parentes do presidente da entidade
03/08/2012 Ciclista brasileiro compete com roupa rasgada em Londres
02/08/2012 Sem uniforme reserva, ciclista brasileiro compete com alfinetes no lugar de zíper
05/09/2012 Ciclista brasileiro vai ao banheiro e perde largada de prova contrarrelógio em Londres



GRANDES EVENTOS – Grandes constrangimentos

Nos últimos doze meses, o ciclismo brasileiro participou dos três grandes eventos internacionais, com muito “carnaval” sobre a ‘ida’ de atletas, técnicos e COMISSÃO TÉCNICA. E o resultado, muitos atletas constrangidos perante a nação. Isso é inadmissível!
Primeiro, se a atleta de BMX não possuía qualificação técnica para o Pan, a CULPA é da CBC sim. A CBC foi incompetente na convocação!
No caso do MTB feminino, a CBC ‘desqualifica a competência das atletas’ e prefere não ter representantes da categoria em algumas competições. Mas, por que não realizada um trabalho efetivo de qualificação?
No caso do Magno Nazareth, enquanto outras delegações trabalharam durante anos para aprimorar detalhes que pudessem auxiliar seus atletas, a CBC “diz” que esqueceu o uniforme reserva no hotel!
E no caso do contrarrelógio paralímpico, é inconcebível a notícia de que o atleta confundiu o horário de largada. Onde estava a comissão técnica?

FALTA SERIEDADE COM O ESPORTE BRASILEIRO
Até quando essa situação perdurará? A resposta é simples: até o momento em que o Ministério do Esporte deixar de ser omisso e assumir que tem responsabilidade direta sobre os desmandos de muitas confederações esportivas!
No caso específico do ciclismo, além de omisso, o Ministério do Esporte foi inconsequente. Age como um padrinho, sempre afagando e recompensando suas perdas.
Sim, isso acontece. Como no caso do patrocínio do Banco do Brasil, quando o banco retirou o patrocínio após o escândalo do acobertamento de doping. Naquele momento, o Ministério do Esporte tratou logo de fechar três convênios para suprir a perda.
Quem não se lembra do caso da “Bolsa atleta” para a ciclista suspensa por doping? Após a divulgação da irregularidade, o Ministério do Esporte fez questão de divulgar em seu site que a CBC havia devolvido o benefício. A CBC devolveu? Como assim????
Até quando o Ministério do Esporte continuará abrandando os erros e desmandos das entidades esportivas? Até quando permanecerá com o discurso de não possuir autonomia sobre as confederações? Pois a verdade é que o Ministério do Esporte possui a autoridade máxima, ou seja, “a chave do cofre”.
No dia que o cofre se fechar, os ‘perpétuos’ perderão o interesse em seus cargos e, quem sabe, teremos dirigentes que se interessem verdadeiramente pelo desenvolvimento do esporte.
Precisamos de dirigentes que respeitem o dinheiro público, o esforço dos atletas e a torcida brasileira.

Fonte por email: 

Renata Lemos

Jornal PODIUM
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www.jornalpodium.com.br

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