A notificação que a Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) enviou para Alberto Contador, falando num ano de suspensão, é apenas uma proposta de decisão, sobre a qual o ciclista tem dez dias para se pronunciar. É este o entendimento que a União Ciclista Internacional (UCI) tem do processo, sobre o qual ainda espera um acórdão a emitir pela RFEC e que se acabem a "confusão" e a "especulação inapropriada" à volta do caso.
Contador registou um controlo de doping positivo durante a Volta à França do ano passado, prova que o ciclista venceu. Depois de um pingue-pongue entre a RFEC e a UCI, tendo como objecto os relatórios periciais que Contador apresentou, o Comité de Competição da federação enviou anteontem a Contador uma "decisão interina" sobre o processo: desclassificação e um ano de suspensão.
Fontes federativas citadas pelos jornais espanhóis deram esta proposta como uma decisão quase definitiva, chegando ao ponto de justificá-la: Contador foi punido com metade da sanção mínima normal por não haver prova definitiva sobre como o clembuterol entrou no corpo do ciclista, não descartando a hipótese de doping intencional nem de dopagem acidental por contaminação alimentar, como defende o corredor; não houve absolvição por causa da regra que diz que um atleta tem de assegurar que nada de proibido entra no seu corpo.
Críticas e pressão para apressar espanhóis
Mas, para a UCI, a proposta de decisão da RFEC nada tem de definitivo. O organismo federativo viu-se obrigado reagir à "confusão gerada" pelo anúncio em Espanha. "A UCI é obrigada a esclarecer que esta informação não pode de forma alguma ser considerada como uma antecipação da decisão definitiva. Até a esta altura, Alberto Contador não recebeu uma sanção e a UCI ainda espera - de acordo com o os seus regulamentos e com os do código mundial antidoping - ser informada da decisão da comissão disciplinar da RFEC, que deve ser emitida o mais depressa possível", vincou a federação internacional em comunicado.
A UCI insiste que o documento enviado pela RFEC é apenas "um elemento dos procedimentos disciplinares", sobre o qual o ciclista pode "expressar a sua opinião" e não pode ser servir para um recurso junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), apenas um acórdão em primeira instância. E aproveitou o comunicado para lançar uma farpa aos espanhóis: "Tendo em conta o grande interesse dos media no caso, UCI lamenta a especulação inapropriada que tem caracterizado os procedimentos e expressa o seu desejo de que este caso seja levado até a uma conclusão de forma tranquila."
POR:SPORTIME
Fonte: Dn desporto
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