Ambos abriram vantagem na parte intermediária da prova que contou com um traçado muito elogiado pelos ciclistas
No domingo, dia 19 de julho, foi disputado o Campeonato Brasileiro de Mountain Bike Cross Country em Resende, cidade do interior do Rio de Janeiro. O evento teve um nível alto, pois contou com a participação dos maiores ciclistas do país que puderam desfrutar de um circuito que exigia muita força e explosão, mas sem deixar de lado a técnica e superação dos atletas.
A prova masculina teve início às 12h50min e a largada feminina foi vinte minutos depois. Curiosamente, dos cinco favoritos a vencer nos homens, Rubens Donizette, Thiago Aroeira, Robson Ferreira, Ricardo Pscheidt e Edivando Cruz, o único que não passou a primeira volta entre os primeiros foi o vencedor da prova. O paulista de Ilha Bela, porém, conseguiu se recuperar e na quarta volta, de um total de seis, assumiu a liderança para não mais sair e tornar-se bicampeão brasileiro de mountain bike cross country (ele havia vencido em 2004 também). O segundo lugar ficou com Thiago Aroeira que surpreendeu atodos e mostrou-se muito bem durante toda a prova, logo atrás, em terceiro foi a posição de Rubens Donizetti.
No feminino, as mineiras Érica Gramiscelli e Roberta Stopa dispararam logo na primeira volta e não foram incomodadas pelas adversárias até o fim. Na parte intermediária da prova Gramiscelli conseguiu passar e abrir uma longa vantagem frente Stopa que parecia ter problemas mecânicos, dali em diante a belo-horizontina de 25 anos só precisou administrar a vitória e trazer mais um título para a coleção.
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Sem grandes dificuldades, o aniversariante do dia Edivando Souza Cruz, fatura o título nacional
No dia de seu aniversário Edivando venceu a prova de Resende e passou por cima de todas as dificuldades do circuito. “A vitória não é somente na prova, mas sim em todos os dias de treinamento. Durante a competição, eu analisei os adversários e me senti muito forte na parte do pasto, decidi atacar e deu certo”, disse o campeão. O paulista ainda afirmou sobre a felicidade de ganhar um título brasileiro tão importante no dia de seu aniversário, “com certeza este foi um dos melhores presentes de aniversário que já tive em toda minha vida”, finalizou.
A segunda colocação ficou com Thiago Aroeira que afirmou ter se surpreendido um pouco com o resultado, pois não era cotado para ficar entre os três primeiros do brasileiro. “Não esperava tanto, sinceramente, mas me preparei muito este ano para o brasileiro e sai com este grande resultado”, disse Aroeira. Ele ainda fez elogios a pista de Resende e falou um pouco sobre a estratégia de corrida do Vando, “gosto de andar em circuitos bem duros e com longas trilhas, como este aqui do Brasileiro. O Vando foi surpreendente, ele tinha ficado um pouco, mas chegou com tudo e foi embora, não deu para buscá-lo”, finalizou o vice-campeão. |
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“Senti um pouco no fim da quarta volta (câimbras), estava me recuperando e fui pego de surpresa pelo ataque do Vando”, disse Rubinho, também surpreso com a estratégia do atleta paulista. Ele ainda elogiou muito o circuito e afirmou estar feliz com sua atuação em Resende “Pena que não deu para levar, mas estou contente com o terceiro lugar por ter dado o meu máximo”, finalizou o ciclista.
O ciclista da casa, Robson Ferreira, que terminou a prova na quarta colocação, também nos disse um pouco sobre a prova: “Abri muito forte, mas senti na segunda e na terceira volta. Sou da região de Resende e agradeço muito pelo apoio de todos os torcedores que estiveram presentes. Eles me deram muita força durante a prova, mas infelizmente não consegui retribuir com a vitória”, nos contou Robson. Outro favorito que pareceu não ter se adequado com o traçado da pista foi Pscheidt, “Não consegui acompanhar o ritmo dos primeiros colocados desde o começo e, a partir da segunda volta, perdi o freio dianteiro, o que me impossibilitou de brigar pela vitória”, afirmou o catarinense, quinto colocado do Brasileiro de Mountain Bike Cross Country. |
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Gramiscelli vence, mas afirma: “O meu foco é Iron Biker”
A mineira Érica Gramiscelli ganhou a prova com certa facilidade e ainda contou com o azar da principal concorrente, Roberta Stopa, que sofreu com problemas mecânicos durante a competição.
“É um circuito que mina os atletas de volta em volta, mas que é bem seletivo e exige força na parte do pasto, e técnica na mata” afirmou Roberta Stopa antes do início da prova já prevendo que seria difícil manter um bom ritmo até o fim.
A bicampeã brasileira, Érica Gramiscelli, disse que o resultado “é fruto de um trabalho duro de dedicação e determinação. Foi uma prova dura, as atletas estão em um nível muito alto o que me motiva para treinar cada vez mais para elevar o Mountain Bike feminino no Brasil.” E deixou o recado: “O meu foco este ano é o Iron Bike, única prova que falta no meu currículo, enquanto isso, estou enchendo o currículo com títulos”.
Roberta Stopa que liderou as duas primeiras voltas teve problemas com sua bicicleta e a prova prejudicada. “Foi um problema mecânico durante a terceira volta que me fez cair para quarta colocação, ainda bem que consegui recuperar e ficar com o segundo lugar”, afirmou a ciclista.
A terceira colocada da prova feminina, Juliana Machado, criticou o horário de largada do Brasileiro, mas disse, que por não ser um circuito que a favorecia, ela estava contente com o resultado. “Estou satisfeita com o terceiro lugar, porque o circuito exigia muito. Eu prefiro mais subidas longas e provas de resistência, sem falar no horário da largada ter sido as 13 horas, o que prejudicou muito o desempenho de todos os ciclistas”, finalizou Juliana Machado.
FONTE: AMIGOS DA BIKE |
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